Mulher ligou para a polícia com o seu agressor por perto e por isso simulou que estava ligando para uma pizzaria; policial entendeu a mensagem e enviou viaturas para o local
Uma mulher, moradora da cidade de Andradina, em São Paulo, ligou para a Polícia Militar na última quinta-feira (27/5) e pediu uma pizza. O policial militar Cássio Júnior dos Santos atendeu ao chamado no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), em Araçatuba, e pensou, inicialmente, que se tratava de um engano.
Após alguns poucos segundos de conversa, o soldado entendeu o pedido de socorro e solicitou o deslocamento de uma equipe para averiguar o possível caso de violência doméstica.
Confira a transcrição e o áudio abaixo:
Atendente: Polícia Militar, emergência.
Vítima: Boa noite, tem como vocês entregarem uma pizza, fazendo o favor?
Atendente: A senhora está ligando para a Polícia Militar.
Vítima: Eu sei. Andradina.
Atendente: Qual o seu nome?
Vítima: Não.
Atendente: Tem alguém armado aí? Faca?
Vítima: Mais ou menos. Traz uma pizza de…
Atendente: Você precisa de socorro médico ou não?
Vítima: Não. Me traz uma pizza de pepperoni.
Atendente: Ok, foi cadastrada a ocorrência.
Vítima: Obrigada.
Atendente: Disponha.
A vítima, que no boletim de ocorrência informou sofrer agressões físicas e psicológicas do marido, explicou que não poderia telefonar pedindo socorro, já que o esposo poderia ouvir, e por isso teve a ideia de pedir autorização a ele para comprar uma pizza, e no momento da ligação, discou 190 e torceu para que o policial compreendesse que se tratava de um pedido de socorro e não de um trote.
Graças a ligação, a polícia foi até o local. O homem, ao ver a viatura chegando, fugiu da casa e está foragido até o momento.
Importância do treinamento constante
Em entrevista ao Cidade Alerta, o policial Cássio Junior dos Santos, que atendeu à ocorrência, falou sobre como devem proceder nessas situações. “Temos que ser bem sucintos nesse momento, para evitar que algo pior possa acontecer com a solicitante”. Ele também ressaltou que são treinados para lidar com esse tipo de chamado “enigmático”. “Recebemos treinamentos periodicamente em que nos trazem informações de ocorrências em outros países, em outros estados, para que possamos orientar a população da melhor forma possível”, declarou o agente.
O Copom explicou ao UOL que foi possível entender o pedido de socorro da mulher porque o PM estava treinado para casos assim. “O Copom faz treinamentos periódicos, no mínimo semestrais, e utiliza exemplos do que ocorre em outros locais para orientação do efetivo. Houve uma ocorrência em 2019 que aconteceu idêntico nos EUA e serviu de base para o treinamento”, disse o Comando em nota.
Necessidade de investir em pessoas
Em seu último post, a C4i dissertou sobre o tema: Homem versus máquina no mercado da segurança, detalhando a importância da atuação humana na operação e como as pessoas estão sendo colocadas em posição de tomada de decisão, deixando para as máquinas atividades automatizadas e programadas.
“A tecnologia processa, avisa e facilita todo o procedimento, mas quem interpreta, decide e toma uma atitude é o ser humano. A tecnologia é importantíssima, mas não elimina a necessidade de investir em pessoas. E esse investimento precisa ser contínuo: treinar, habilitar, capacitar, retreinar e auditar”, explicou Fábio Ribas, Head de Estratégia e Inovação da C4i. “Esse caso da ligação da mulher pedindo uma pizza para o 190 é um exemplo disso, o policial entendeu ‘entre linhas’ o que a vítima queria dizer e deu andamento à ocorrência. Esse atendimento possivelmente salvou a vida dessa família”.
Para o CEO da C4i, Alexandre Chaves, o caso mostrou a importância de uma equipe preparada adequadamente. “Como o próprio soldado informou, ele contou com um intenso treinamento que o capacitou a realizar o procedimento corretamente. Nós da C4i acreditamos muito na formação dos profissionais e por isso treinamos constantemente os nossos analistas, que são os seres humanos que tomam as decisões nas ocorrências. Eles recebem os alertas por meio da Inteligência Artificial e do nosso Monitoramento Inteligente e, seguindo a matriz operacional, realizam o melhor procedimento de acordo com aquela situação. E mesmo se a ocorrência for algo inédito e não descrito no processo, esse analista saberá tomar a melhor decisão”, concluiu Alexandre.
Monitoramento Inteligente
O monitoramento inteligente da C4i é capaz de auditar procedimentos e processos executados por equipes próprias ou terceirizadas dentro do ambiente residencial e corporativo, como casas, escritórios e indústrias.
Através da tecnologia, utilizando detecção ou ausência de movimento, detecção de pessoas e identificação de pessoas em áreas restritas, a C4i atua de forma assertiva na detecção de possíveis riscos aos moradores, colaboradores, prestadores de serviços, visitantes e ao patrimônio.
Todo o processo é realizado de forma preventiva e proativa, identificando a possível ocorrência antes mesmo que ela de fato aconteça.
Ficou interessado em saber mais sobre o Monitoramento Inteligente? Acesse o site c4i.com.br ou entre em contato via WhatsApp (11) 9 8858-9233.
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