É a segunda vez que a loja é assaltada em menos de dois meses gerando um prejuízo de milhares de reais para o proprietário
Na última 6ª feira (26/02) a joalheria Sayegh localizada no Shopping Morumbi, na zona sul de São Paulo, foi vítima de criminosos que levaram joias e relógios que estavam expostos na vitrine. Um detalhe chama ainda mais atenção: é a 2ª vez que a loja sofre um assaltado em um período de apenas dois meses – um roubo semelhante aconteceu no dia 28 de dezembro do ano passado no mesmo local, gerando um prejuízo de mais de R$ 200 mil, segundo os funcionários.
As câmeras de segurança do local gravaram toda a ação criminosa e as imagens já foram entregues à polícia.
E a pergunta que fica é: essas mesmas câmeras poderiam ter sido utilizadas de forma ativa para identificar que algo errado estava acontecendo?
E a resposta é SIM, poderiam, se estivessem dentro do conceito de monitoramento inteligente.
“No monitoramento inteligente, as câmeras se transformam em sensores ativos, pois as imagens são analisadas continuamente por algoritmos que identificam potenciais riscos e geram alertas à central de segurança, que os valida e inicia os protocolos necessários imediatamente”, disse Fábio Ribas, Head de Estratégia e Inovação na C4i Inteligência em Segurança, empresa especialista em projetos de monitoramento inteligente.
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O especialista cita três possibilidades de tecnologia que poderiam ser aplicadas no caso do roubo à joalheria:
1 – SENSORES NAS VITRINES
Identificar por meio de sensores que todas as vitrines foram abertas ao mesmo tempo e checar as imagens. Esse não é um procedimento padrão especialmente em horário comercial, e claramente mereceria análise imediata;
2 – ANALÍTICOS DE COMPORTAMENTO
Analíticos de vídeo que verificam comportamentos suspeitos a partir da postura das pessoas na imagem e identificariam pessoas com os braços levantados – um indicativo de rendição – uma vez que nessas situações não há tempo para acionamento do botão de pânico;
3 – ANALÍTICO DE CONTAGEM DE PESSOAS
Analítico de vídeo que realiza a contagem de pessoas que cruzam a linha – entrando e saindo –do fundo da loja, local para o qual os criminosos obrigaram as colaboradoras a irem. Se a loja tem duas colaboradoras e ambas passaram no sentido de entrada, a loja está vazia e isso é um potencial problema.
“Muitas vezes os empresários entendem que ao escolher um shopping ou condomínio (logístico, empresarial, etc.) estão resolvendo completamente a questão da segurança. No entanto, sempre existirão particularidades inerentes ao seu ramo de atuação que potencializam os riscos e merecem soluções diferenciadas”, conclui Ribas.
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