Onde está Wally? E o que isso tem a ver com o monitoramento de câmeras até hoje

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Onde está Wally? E o que isso tem a ver com o monitoramento de câmeras até hoje

Por Fábio Ribas, Head de Estratégia e Inovação da C4i Inteligência em Segurança

Se você era criança ou adolescente no início dos anos 90 é bem provável que tenha se identificado imediatamente com o título deste artigo, afinal faz referência ao “grande desafio” de algumas gerações: encontrar o simpático Wally com seus óculos e camiseta e gorro listrados, nos diversos cenários impressos nas páginas multicoloridas dos livros do ilustrador britânico Martin Handford. Quem teve a oportunidade sabe: era realmente difícil encontrá-lo.

Mesmo aqueles que não procuraram o Wally em algum momento de suas vidas tiveram uma experiência similar envolvendo um teste de foco, atenção e concentração em brincadeiras para “encontrar o diferente”, e talvez uma das mais comuns seja a que desafia a encontrar uma letra F em meio à diversos E. Quem brincou disso sabe: torna-se mais difícil à medida em que a quantidade de letras E vai ficando maior. Fazer isso eventualmente como brincadeira pode até ser prazeroso, mas experimente fazer continuamente – torna-se cansativo, entediante e desconfortável. Não acredita? Faça o teste no YouTube e veja se consegue chegar aos 10 minutos sem que sinta incomodado.

A essa altura você deve estar pensando: Fábio, você enlouqueceu? Afinal o que isso tem a ver com monitoramento de câmeras? Não, eu não enlouqueci e o pior, isso tem tudo a ver com a maneira como o monitoramento vem sendo feito até hoje em muitos lugares.

Quem já viu uma sala de monitoramento sabe que nesse local existem diversas telas subdivididas no formato de mosaicos contendo as imagens de diversas câmeras sendo apresentadas simultaneamente – podem ser 4, 9, 16 ou 32 câmeras em uma mesma tela, apenas para citar os padrões mais usuais. E quando a quantidade de câmeras é grande, esses mosaicos ficam sendo alternados de tempos em tempos. Olhando para essas telas, estão os operadores com a difícil missão de analisar continuamente todas essas imagens e encontrar algo diferente, um perigo iminente. Ou seja, espera-se que esses operadores tenham o grau de concentração e foco para “encontrar o Wally” sempre que necessário.

Vamos agora aos fatos: esses operadores são seres humanos naturalmente sujeitos ao cansaço físico, às preocupações que dominam a mente e causam lapsos de atenção, à dificuldade de concentração pelas tarefas repetitivas – e muitas vezes trabalham completamente sozinhos e realizam turnos de 12 horas de trabalho. Considerando esse conjunto de fatores, parece claro que é utopia acreditar que é possível obter eficiência realizando o monitoramento dessa forma, mas é isso que vem acontecendo (e ainda existem locais que se limitam apenas a gravar imagens, sem que ninguém as monitore).

Felizmente essa situação pode ser modificada devido à evolução da inteligência artificial, que nos trouxe avanços tecnológicos importantes na área de visão computacional. O deep learning (ou aprendizado profundo) possibilita que “máquinas aprendam a enxergar” e nos permite algoritmos de altíssima performance, capazes de reconhecer pessoas e objetos com absoluta precisão. Com as imagens das câmeras sendo processadas continuamente por esses algoritmos, passa a ser deles a missão de encontrar anormalidades e de notificar os operadores apenas nas situações que efetivamente demandam sua atenção, análise e ação, trazendo significativos ganhos de eficiência.

A correta utilização de analíticos de vídeo permite também que sejam gerados alertas a partir da interpretação de potenciais riscos, trazendo-nos a possibilidade de um monitoramento inteligente, que atua de modo preventivo e proativo e evita que tais riscos se convertam em prejuízo.

Para quem pensa que para se beneficiar dessa tecnologia é necessário um alto investimento, ressalto dois pontos importantes que a tornam absolutamente acessível:

Câmeras já existentes podem ser aproveitadas, simplesmente sendo conectadas aos algoritmos corretos para cada necessidade identificada;

O monitoramento pode ser feito remotamente como um serviço contratado, que oferece uma central que atua 24 horas por dia, 7 dias por semana e notifica os responsáveis locais quando alguma ação é necessária.

Acredito que estejam expostas as vantagens de incorporar os analíticos de vídeo aos sistemas de CFTV, e gostaria apenas de lembrar que quando falamos em segurança, quando “o Wally não é encontrado” isso pode representar uma grande perda – então considere implantar o monitoramento inteligente o quanto antes.

Fábio Ribas
Head de Estratégia e Inovação da C4i Inteligência em Segurança, empresa especializada em monitoramento inteligente.
www.c4i.com.br

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